A poucos dias tive a minha primeira experiência de andar de ônibus, voltei da faculdade sozinha, o motorista e o cobrador como já me conhecem. Quando o ônibus chego no ponto o cobrador já desceu para pegar as minhas muletas, e aqui a maioria dos ônibus são adaptados para cadeirantes. Mas me sinto melhor subindo pela porta comum, pois a rampa acho muito insegura, tem travas apenas para cadeira de rodas.
Eu sempre quis sair sozinha, mas ainda não me sentia segura comigo mesma.
O mesmo ônibus larga as pessoas no terminal aqui em Florianópolis não tem ônibus direto, eu pego dois de ida e dois de volta, um na esquina de casa até o terminal e outro até a faculdade.
O que facilitou eu ir sozinha é a educação das pessoas, que sempre se oferecem para ajudar subir ou descer, ou até segurar a minha mochila, e principalmente os motoristas são muito prestativos, na minha cidade era difícil eu andar de ônibus ainda mais sozinha talvez por que as pessoas não ajudavam como aqui.
Me senti realizada olhando pela janela do ônibus e saber que estava indo pra casa sozinha. As limitações não impedem que tenhamos uma vida social, busco fazer coisas que façam bem, porem respeito meu tempo e meus limites. Tudo na sua hora.