Polícia Civil deflagra operação que investiga empresário acusado de aplicar golpes que podem chegar a R$ 30 milhões em Criciúma e região

Alguns veículos envolvidos no esquema criminoso já foram apreendidos.

Por Tcharlles Fernandes
Os investigadores ficaram por cerca de três horas no apartamento do empresário.

A Polícia Civil (PC), por meio da 5ª Delegacia Regional de Polícia (5ªDRP) de Tubarão, com apoio da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), deflagrou no início da manhã desta quinta-feira, dia 25, a Operação Hot Wheels, que visa cumprir mandados de buscas e apreensão em endereços ligados ao empresário criciumense Denis Ortolan Rovaris, de 35 anos.

Os crime investigados são estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. As decisões judiciais que expediram os madados foram proferidas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Tubarão, após parecer favorável do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Em fevereiro, o Portal Melhores Publicações divulgou com exclusividade que Denis estava sendo acusado de ter aplicado golpes que poderiam chegar a R$ 30 milhões. A polícia estima que o empresário tenha feito mais de 40 vítimas em toda região sul de Santa Catarina.  

De acordo com as vítimas, Denis sempre agia da mesma forma. Com a promessa de fazer a quitação em cinco ou até no máximo 10 vezes, o acusado comprava veículos das vítimas por um preço maior em relação à tabela Fipe e, logo em seguida, revendia os carros para uma revenda em Forquilhinha abaixo do valor de mercado, deixando de pagar os propietários dos automóveis e não repassando os documentos para loja. 

Veículos apreendidos na operação.

O pagamento para Denis, por parte do garagista, era feito à vista. O prejuízo da revenda gira em torno de R$ 9 milhões, segundo o proprietário. Além dos carros, Denis também negociava caminhões e outros bens.

Incluindo o apartamento do acusado, localizado na Praça do Congresso, no Centro de Criciúma, os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos também nas cidades de Tubarão, Jaguaruna, Forquilhinha, Sombrio e Maracajá.

Cerca de 30 policiais foram empregados na operação, que fez o sequestro de bens para ressarcir as vítimas e angariar provas para o inquérito policial em tramitação.

Dinheiro apreendido na casa de Denis.

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