O médico e professor do curso de Medicina da Unesc, Luiz Carlos Custódio Fontana, está na Jordânia em uma missão humanitária. Composto por profissionais de diferentes áreas, incluindo o renomado neurologista Luiz Antônio De Lucca, o grupo de voluntários do qual Fontana faz parte, embarcou na última semana ao Oriente Médio e, levou, na bagagem, muito amor ao próximo com foco no auxílio a refugiados da Síria.
O trabalho faz parte do projeto “Brasil pela Síria”, fundado em 2016, em Criciúma, e tem como objetivo aliviar a dor, levar apoio e ajuda para pessoas em estado de vulnerabilidade social. O grupo atua na cidade de Al Mafraq, na fronteira entre a Jordânia e a Síria. Com cerca de 58 mil habitantes, essa é uma das principais rotas de saída dos refugiados sírios.
Experiente, jovem e cheio de entusiasmo, o profissional conta como está sendo a atuação no Oriente Médio. “Ajudamos nas necessidades mais básicas possíveis. Como eles são refugiados, não podem trabalhar e não têm renda. Ajudamos de todas as maneiras que podemos, como atendimento médico, odontológico, social, de educação, esportes”, conta o médico, informando que o intuito é dar atendimento aos refugiados que perderam pais na guerra, famílias que estão aos redores da Síria, entre outras situações.
O grupo chegou na última sexta-feira no país com a realização de várias atividades e atendimentos. “Além das consultas, tem dentistas e oferta de cursos para os refugiados”, completa o profissional da Unesc.
Doações de remédios e cestas básicas, além de cursos gratuitos, como de capacitações conduzidas por empresários criciumenses, de inglês, música, informática e jiu-jitsu, estão entre as operações realizadas na Jordânia.
“Aqui a cultura é muito diferente. Em um dos dias, ficamos em um centro de refugiados com famílias vivendo em tendas com até 10 pessoas no mesmo espaço. Mesmo diante das dificuldades, eles conseguem sobreviver com o mínimo possível e, mesmo assim, têm um sorriso no rosto”, diz Fontana.
Em abril, o professor da Unesc vai para o Líbano, também para atendimentos de refugiados da Síria e, em julho, segue para o Quênia.
Nesta etapa, o projeto “Brasil pela Síria”, idealizado pelo pastor Alessandro Campos, segue até domingo (26/02).