Os crimes investigados pela PM e pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) são tráfico de drogas e organização criminosa. Os policiais que participaram da operação, porém, não descartam que os detidos tenham participação em outros crimes, como roubos, por exemplo. Os presos nesta quarta-feira, 16 homens e seis mulheres, são suspeitos de integrar a facção criminosa que nasceu em Santa Catarina e atua dentro e fora dos presídios.
Na Ilha de Santa Catarina, a ação aconteceu nas Vilas União e Sapo, e nos bairros Ingleses, Rio Vermelho e Vargem do Bom Jesus, todas no Norte da Ilha. Policiais também fizeram buscas na Tapera, no Sul da Ilha, e na Trindade, região central de Florianópolis. A operação também atua no município de Navegantes, no litoral norte, mas por lá ainda não aconteceu nenhuma prisão.
De acordo com o comandante do 21º Batalhão da PM, no Norte da Ilha, tenente-coronel Sinval Santos da Silveira Júnior, as prisões têm grande impacto no tráfico de drogas da região Norte da Ilha. Ele explica que agora os agentes se debruçarão sobre o material apreendido, incluindo documentos que podem comprovar a participação do bando com o tráfico de drogas e uma facção criminosa.
A intenção da PM é robustecer as provas para pedir a conversão das prisões temporárias - prazo de 30 dias - em preventivas - sem prazo estipulado. Após esse trabalho de análise, o material será encaminhado à Promotoria que trata do crime organizado na Grande Florianópolis.
— Além dessas prisões e apreensões de hoje, outras prisões e apreensões esporádicas ao longo dos últimos seis meses também serviram de complemento para a operação — afirmou Sinval.
Dois veículos, um Honda Civic branco e um Clio preto, foram apreendidos na ação, além de dinheiro e drogas em quantidade não especificada. Os presos foram todos levados para o complexo penitenciário da Agronômica, em Florianópolis.