O número de solicitações de posse de arma de fogo aumentou 43% na região Sul do Estado após a assinatura pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) do decreto de flexibilização das regras. Desde 15 de janeiro até o dia 1º de abril, foram 397 novos pedidos protocolados na Polícia Federal de Criciúma, único local que recebe as requisições na região.
No mesmo período do ano passado, foram registradas 277 solicitações, sendo 120 a menos do que foi protocolado neste ano. Os números mostram que, se levado em consideração o período da data do decreto até o dia 1º de abril, data que foi suspensa a recepção de novos pedidos, tendo em vista a implantação do novo Sistema Nacional de Armas (Sinarm II), é como se houvesse uma média de sete solicitações por dia na Polícia Federal. Não há o registro de quantas dessas solicitações foram aprovadas. Porém, o delegado e chefe da PF em Criciúma, Rafael Antonio Broietti, confirma que, geralmente, a maioria dos pedidos são concedidos.
O procedimento hoje inclui a apresentação de documentos pessoais, como identidade, carteira de trabalho, comprovante de residência e foto 3x4. Também é exigida avaliação psicológica e comprovação de capacidade técnica com uso de arma de fogo, que envolve curso com instrutor de tiro. Ainda é necessário apresentar outras declarações, como a de efetiva necessidade, e certidões negativas que confirmem que não há antecedentes criminais. A arma só pode ser adquirida e retirada depois de ser registrada.
Tendo em vista a escassez de efetivo e dimensão da demanda, em determinados períodos do ano, a demora para que o registro seja feito pode chegar a cerca de 150 dias.
Fonte: folhatubarao.com.br