Desde de que as Melhores Publicações foi fundada, em 2015, nunca se passou dois dias sem que houvesse alguém preso por tráfico de entorpecentes em Criciúma.
A última ocorrência de "tráfico" registrada na cidade foi dia 12 de setembro, há oito dias, no bairro Mineira Velha, onde cerca de uma grama de cocaína foi apreendida na posse de um homem de 18 anos. Policiais mais antigos afirmam que é a primeira vez que isso acontece em muitos anos.
Com mais de 200 mil habitantes na cidade, com certeza não falta ponto de venda de drogas para ser fechado. O problema são as câmeras de monitoramento, que deste o último dia 4 passou fazer parte do uniforme de todos os policiais militares de Santa Catarina.
Em conversa com diversos soldados que atuam em Criciúma, existe unanimidade no discurso. Todos querem trabalhar, contudo afirmam que estão de mãos atadas por conta das câmeras, visto que agora qualquer palavra, ação, ou intervenção pode prejudicar judicialmente os agentes.
Os policiais se recusam a tratar os ladrões, traficantes, homicidas e estupradores como cidadão. Com o uso das câmeras, ou tratam os bandidos de forma cordial, ou serão responsabilizados.
Para não ter que tratar os bandidos da forma que tratam as pessoas de bem, as abordagens caíram drasticamente em Criciúma e região, gerando um efeito colateral perigoso, pois são justamente nessas aborgadens que encontra-se armas, foragidos da Justiça, etc.
A falta das abordagens faz com que diminua as prisões e aumentem os crimes. Com as câmeras em ação, veremos os números positivos caírem ainda mais, enquanto os índices de violência tendem a aumentar, como já está acontecendo.