Não é de hoje que a opinião maciça dos eleitores é influenciada por pesquisas de intenção de voto, principalmente para Presidente da República. A escolha dos eleitores é, muitas vezes, permeada por esses números que vão e vem, oscilam e variam, sobem e descem, dentro e fora da margem de erro, intenções de voto, índices de rejeição, cenário assim, cenário ''assado'', intenções para o segundo turno, com aquele candidato, com esse, com o outro, sem aqueles que não pontuaram.
A realidade é que o futuro de nosso país está intimamente ligado àquilo que os institutos de pesquisa informam. Isso é um perigo para a democracia, pois outorga indiretamente muito poder a certas empresas privadas, as quais muitas vezes possuem interesses particulares em eleger esse ou aquele candidato. Quem pode garantir que as pesquisas não são tendenciosas para prejudicar uns e beneficiar outros? Quem pode garantir que o método utilizado é totalmente idôneo a ponto de receber toda credibilidade da opinião pública?
É sabido por todos que muitos veículos de comunicação – os mais tradicionais no Brasil – não querem que o candidato Jair Bolsonaro seja eleito. Fazem manobras mirabolantes para frear o sucesso de sua campanha. Artistas ligados a esses canais declaram publicamente seu desafeto ao candidato, a fim de influenciar a opinião pública. E as pesquisas de intenção de votos parecem caminhar na mesma direção.
Bolsonaro tem o apoio maciço de um eleitorado fiel, atuante, que não se importa em investir recursos próprios para fazer valer essa nova ideia, que está cansado dos mesmos políticos e da mesma demagogia de sempre. Ele arrasta multidões por onde passa(va) – no momento ele se recupera do atentado sofrido no último dia 6 de setembro.
Se as pesquisas apontam Bolsonaro em primeiro, com 28%, contra 22% de Haddad, segundo colocado (fonte: ibope. 24/09/2018), o que se vê nas ruas, nas rodas de amigos, nas redes sociais é uma realidade bem diferente. A impressão que dá é que a maioria esmagadora das pessoas apoiam Bolsonaro. E não só isso: além de apoiarem, divulgam e pedem voto para o candidato – e tudo de graça.
Essa realidade nos lembra em muito as últimas eleições americanas, onde o então candidato Donald Trump era ridicularizado por “toda a mídia” de lá. Projetavam uma vitória esmagadora de Hillary Clinton. Porém, tiveram que se calar e rever seus conceitos após a vitória de Trump. Isso nos mostra a pouca credibilidade e confiabilidade de muitos profissionais da comunicação. Querem usar seu poder de informação para influenciar a opinião pública, convergindo para os seus próprios interesses. Mas hoje em dia, graças à internet e às redes sociais, essa manipulação perdeu seu poder de efeito.
Por aqui, nos resta esperar o dia 7, e, talvez, o dia 28 de outubro para ver qual é a verdade que irá prevalecer: a das ruas ou a das pesquisas.