O último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), divulgado na semana passada, mostrou que, em apenas uma semana, 33 novos casos de dengue foram registrados em Santa Catarina. Ao todo, desde o dia 30 de dezembro de 2018, a doença já foi confirmada em 85 pacientes, sendo que mais da metade desse total (59), foram infectados dentro do Estado — outros 19 casos são importados, ou seja, catarinenses que foram picados pelo mosquito fora de SC.
Até o momento já foram notificados 1.189 casos de dengue no Estado. No mesmo período do ano passado, a Dive havia confirmado apenas sete casos de dengue no Estado e o número de notificações estava em 634. Neste último levantamento, do total das notificações, 640 casos foram descartados e outros 443 seguem como suspeitos, aguardando resultados laboratoriais. Há ainda outros 21 casos que deram resultado inconclusivo. Ao todo, 160 dos 295 municípios de SC possuem focos do mosquito Aedes aegypti.
A Dive calcula que desde dezembro já foram identificados 10,1 mil focos do inseto. Em comparação ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido identificados 6,3 mil focos do mosquito em 128 cidades, é observado aumento de 59,6%. Ao menos 80 municípios são considerados infestados, entre eles a Capital do Estado, Florianópolis.
Na semana passada, quando também foram divulgados os dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), a Dive informou que das cidades infestadas, 32 delas apresentam alto risco para transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus.
Itapema é a cidade com maior número de casos
Entre os casos autóctones — transmissão dentro do Estado —, a Dive/SC aponta que Itapema, no litoral catarinense, é a cidade com local de provável infecção que detém o maior número de casos (13). Em seguida aparecem Cunha Porã (10), Florianópolis (8), Camboriú (7), Balneário Camboriú (3), Itajaí, Joinville, Porto Belo, ambas com dois casos cada, e Bombinhas (1). Outros 11 confirmações da doença ainda possuem o local de possível infecção como indeterminado.
Já nos casos importados, os pacientes que tiveram a confirmação da doença são moradores de Blumenau, Brusque, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Palmitos, Santo Amaro da Imperatriz, Seara e Xanxerê. Segundo a Dive/SC, os possíveis locais de transmissão foram São Paulo, Pará, Permambuco, Goiás, Acre, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Febre de chikungunya
No período de 30 de dezembro de 2018 a 23 de março de 2019, foram notificados 138 casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, apenas um foi confirmado pelo critério laboratorial, 41 foram descartados e 96 permanecem como suspeitos. O único caso importado confirmado até o momento é de um morador de Florianópolis, com local de provável de infecção no Pará.
Em comparação com o mesmo período de 2018, foram notificados 131 casos de febre de chikungunya e confirmados três autóctones e cinco importados.
Zika vírus
Também entre dezembro e março, a Dive notificou 34 casos de zika vírus em SC, sendo que 13 descartados e 21 permanecem como suspeitos. Na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram notificados 36 casos, observa-se uma redução de 6% na notificação de casos.