Mesmo após o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) anunciar a confirmação do primeiro caso de Covid-19 (coronavíus) em Criciúma, empresas do ramo de confecção e cerâmica continuam trabalhando normalmente na região do bairro Quarta Linha.
Em visita as empresas na manhã desta sexta-feira (20), em conversa com alguns funcionários o medo era visível. "Estamos com medo de morrer. A Cecrisa só dispensou o setor administrativo. Somos mais de 300 funcionários aglomerados no interior da fábrica e só estamos vindo trabalhar porque estamos sendo coagidos", comenta um funcionário que não quis se identificar.
Já na Cerâmica Elizabeth, são mais de 500 veículos estacionados no pátio da empresa. Um dos funcionários disse a nossa equipe que empresa simplismente não está ligando para o que pode acontecer. Os trabalhadores querem parar, porém a cerâmica não abre nem o diálogo com a classe. O setor administrativo está trabalhando em casa.
Na confecção Ease também encontramos um grande número de funcionários trabalhando. A empresa anunciou que hoje será o último dia de trabalho, em respeito ao decreto do governo do estado.
Fiscalização
Em conversa com o Comandante da Polícia Militar de Criciúma, tenente-coronel Cristian Dimitri, ele nos informou que a PM está fiscalizando todas as denúncias que recebe na cidade e está aplicando as sanções legais baseado no decreto do governador.