A falta de iluminação em um trecho da rodovia Luiz Rosso, em Criciúma, vem causando medo em quem passa pelo local a noite. O trecho de cerca de 400 metros fica após a Cerâmica Elizabeth (apenas referência), na região da grande Quarta Linha.
Por conta da falta de iluminação, além dos perigos da baixa visibilidade para motoristas, pedestres, ciclistas e trabalhadores da cerâmica, eles enfrentam o medo de assaltos.
O motorista Pedro Honorato diz que com a escuridão do lugar tem medo de ser surpreendido. “Atrapalha bastante, hoje em dia a gente vive no meio do perigo e sem iluminação fica ainda pior. Sempre que estou passando por aqui é o horário da troca de turno da Elizabeth. Tenho que diminuir a velocidade ainda mais, visto que o tráfego (ciclistas) no acostamento fica maior e por causa da baixa luminosidade pode ocorrer uma tragédia. É complicado, porque isso também pode facilitar a ação de bandidos”, declara.
Nas margens da rodovia é possível ver o intenso movimento de ciclistas e pessoas indo e voltando do trabalho. “A insegurança é notória tanto para mim quanto para as outras pessoas que passam aqui todos os dias. O risco de assalto e atropelamento é grande. A gente vem trabalhar e não sabe se vai voltar” lamenta um ciclista funcionário da cerâmica que não quis se identificar.
Delegado alerta
Em conversa com o Delegado Márcio Neves, ele alerta para o risco que a falta de iluminação pode trazer. "O estado pode e deve atuar fortemente evitando áreas propícias e investindo nas forças policiais e auxiliares para segurança das pessoas. Para a ocorrência do crime, é preciso se atentar para o “quadrado” do crime: 1 - agente capaz ou propício para cometer o crime (o bandido); 2 - a vítima em potencial; 3 - o ambiente propício (local ermo ou sem iluminação); e 4 - ausência do guardião (policiais, seguranças, câmeras de vigilância, etc).
No caso dessa rodovia, estamos diante dos fatores 3 e 4. Portanto, a solução desses problemas, passa por investimento de infraestrutura na rua. Lembro que tudo isso é feito para os cidadãos e para evitar possíveis vítimas, jamais para o criminoso", exclarece o delegado.
Procurada, até o momento à Prefeitura Municipal de Criciúma não se manifestou sobre o caso.