Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarina solicitaram audiência emergencial com secretário da Saúde André Motta Ribeiro para tratar da dramática situação da rede privada e filantrópica
A Associação dos Hospitais de Santa Catarina e a Federação dos Hospitais encaminharam um documento ao secretário da Saúde, André Motta Ribeiro pedindo uma reunião emergencial para análise da dramática, e até desesperadora situação da rede hospitalar privada e filantrópica.
Estão alertando o governo para a grave ameaça de falta de medicamentos em hospitais e clínicas, em decorrência da grande demanda dos últimos dias e, sobretudo, em função da elevação, em muitos casos absurda, nos preços dos insumos médicos e hospitalares.
As duas entidades destacam a carência do kit intubação. Dizem: “Estamos com dificuldades de acessar os medicamentos no mercado, seja pela indisponibilidade, seja pelo custo”.
Acentua mais adiante:
“Diante da gravidade do momento e da impossibilidade do atual estoque, insuficiente para o atendimento dos atendimentos para pacientes com Covid-19, e também as demais enfermidades, precisamos que o governo atue para regularizar esta situação.”
A rede hospitalar particular e filantrópica queixa-se do governo de outra situação: o não pagamento pela assistência já prestada aos pacientes.
A dívida total está hoje em 100 milhões de reais e refere-se a dois meses de atraso.
Outro dilema: o Ministério da Saúde anunciou que não vai habilitar novos leitos de UTI, além dos 200 da última semana. Isto significa que a rede privada não se dispõe a ampliar os leitos para Covid-19 pela falta de perspectiva de pagamento pela assistência.
As duas entidades tem um diagnóstico para o cenário catastrófico: falta de planeamento do governo estadual.