“Se estão presos é porque alguma coisa tem”, diz prefeito interino de Criciúma sobre as investigações nas funerárias

Ricardo Fabris disse também que se o contrato não for cumprido, será rompido.

Por Tcharlles Fernandes

“Se estão presos é porque alguma coisa tem”, disse o prefeito em exercício Ricardo Fabris (MDB) em relação aos donos de funerárias que foram preventivamente presos nas operações que investigam irregularidades na Central de Serviços Funerários de Criciúma.

Durante entrevista concedida a rádio Som Maior na manhã desta quinta-feira (26), Ricardo prometeu endurecer à fiscalização em relação aos serviços prestados pelas funerárias que atendem no município.

De acordo com o atual prefeito, se as funerárias não cumprem o contrato, à prefeitura irá romper o acordo com as empresas.

Primeiro é o seguinte; a gente não sabe nem quem é que está no comando das funerárias. Pelo que eu sei, estão todos presos. Se estão presos é porque algum problema tem.

Ontem, uma pessoa que vai fiscalizar as funerárias foi lá visitar a Central Funerária e parece que não gostaram, que reagiram, que não gostaram da ideia da fiscalização. Quem não gosta de fiscalização é porque algum problema tem.

Se querem queda de braço, vão ter queda de braço com a prefeitura de Criciúma. Eu só quero dizer uma coisa para às funerárias, nessa queda de braço elas perdem. Se elas não se conformarem com a fiscalização, se elas não cumprem o contrato, o contrato será rompido. Não tem mais discussão com eles.

A agressividade deles com o cidadão que vai no pior momento da vida dele para enterrar um ente querido eles tratam assim, é o mesmo tratamento que eles dão para os fiscais. Eles estão totalmente equivocados. Já deveriam ter mudado a postura, o jeito, os gestos de atender as pessoas, de fazer uma coisa legal para cidade.

Parece que não aprenderam, que não foi suficiente a prisão dos donos das funerárias. Eles estão achando que não tem prefeito. Que o prefeito não está, que o interino não manda. Estão equivocados.

Nós vamos baixar um decreto se for preciso dando novas regras para as funerárias. Se o problema delas é que o espaço lá, são elas que fiscalizam, elas que pagam o aluguel, não tem problema nenhum. Rompa-se o contrato. A prefeitura paga o contrato. Já decidi isso. Já determinei para Secretaria da Fazenda. Parece que são R$ 11 mil. A prefeitura paga. E, se não for possível, nós temos um ônibus do Procon parado lá no pátio de máquinas. É um escritório. Nós vamos colocar em frente a Central Funerária e vai ter uma fiscalização sim.

Nós vamos fiscalizar, nós vamos moralizar esse contrato. O que pega na cidade hoje de ruim, são as funerárias. Criciúma não precisa disso. Criciúma não merece isso. Infelizmente eu não posso conversar com os proprietários, porque parece que estão presos.

Ontem, parece que estava em exposição lá, os caixões mais caros, os mais bonitos. Já é uma indução de ter que comprar. Se querem fazer uma briga, uma guerra, não vão fazer. Nós vamos colocar um ponto final nessa história. Se precisar romper o contrato, independente da ortiga de R$ 7 milhões, assim eu farei. Não tem problema nenhum a reação deles, se vão gritar, se vão deixar de vender. Não gostem, tchau, disse o prefeito interino.

Serviço corrompido

No dia 15 de agosto, o Portal Melhores Publicações divulgou com exclusividade a manifestação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) através do Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos Durval da Silva.

Em sua manifestação, o Subprocurador alega que o serviço funerário oferecido em Criciúma é corrompido.

O modelo implementado pela gestão privada da Central de Serviços Funerários (que por lei deveria está sob a gestão da Secretaria de Assistência Social e sob a fiscalização da Divisão de Fiscalização Urbana), continua em funcionamento no município de Criciúma, pois o decreto n° 1997/2023, mesmo sendo manifestamente ilegal, permanece em vigor, ao passo que funcionários das funerárias continuam emitindo os documentos públicos de liberação de corpos e administrando o rodízio das funerárias, enfatizou Durval.

A matéria completa está disponível clicando aqui.

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