Um homem que se identifica como mulher alega que foi impedido de usar o banheiro feminino de uma academia localizada na região central de Criciúma.
O caso foi registrado na manhã desta quarta-feira (27) e, de acordo com informações preliminares, um boletim de ocorrência foi confeccionado.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver parte da confusão.
Eu sou uma mulher trans, uma mulher retificada. Eles estão me proibindo de frequentar a academia porque eu estou frequentando o banheiro feminino e eles querem que eu frequente o banheiro masculino, disse o transexual.
O Portal Melhores Publicações procurou a Performance Academia, que, por uma funcionária, se manifestou de forma não oficial.
Foi reclamado por alguns alunos sobre essa situação. A coordenação da academia passou uma orientação e estamos seguindo. Ninguém tirou ela de dentro do banheiro ou chamou na frente de outras pessoas. Ela conversou com o gerente e ficamos acertados. Vamos conversar com os alunos que estão incomodados, falou a funcionária sob reserva.
A Polícia Civil (PC) também foi procurada, mas não se manifestou sobre o caso até a publicação desta reportagem.
Em nota, por meio do setor jurídico, academia se manifestou oficialmente.
A aluna foi chamada de maneira reservada, após a reclamação por parte de outros clientes, para ser informada de que as pessoas foram alertadas de que não poderiam constranger ela de forma alguma pelo uso do banheiro, e solicitar que se ocorresse qualquer situação por parte de alunos não presenciada pelos funcionários, a academia fosse imediatamente informada para intermediar e conscientizar os demais. Já no começo da conversa, que visava exclusivamente evitar constrangimentos a aluna e protege-la enquanto cliente, ela se mostrou alterada, com resposta completamente diferente da pretendida pelo estabelecimento, sendo necessário chamar o supervisor para reiterar o que estava sendo dito pela academia. A aluna pareceu estar tranquila e inclusive agradeceu a posição da empresa em reforçar que não permitiria que ela fosse obstada do exercício de um direito, entretanto forneceu um trecho da conversa - entre a tentativa da secretária em estabelecer um diálogo e a chegada do supervisor - em que afirma que a colaboradora teria sugerido que a aluna utilizasse o banheiro masculino, o que de fato nunca ocorreu. A academia lamenta pela repercussão do incidente e reforça que é um ambiente plural e que o respeito é um princípio norteador de todas as relações profissionais por si estabelecidas.