Proprietário de revenda de veículos é acusado de aplicar golpes em Criciúma

Até o momento, o empresário não foi encontrado pela Polícia Civil. Como há informações da possibilidade de fuga do acusado para o exterior, se o homem não se apresentar à polícia voluntariamente, o delegado que investiga o caso pode pedir a prisão preventiva do empresário.

Por Tcharlles Fernandes

Um empresário de 43 anos, natural de Lages, proprietário de uma revenda de veículos localizada no bairro Santa Bárbara, em Criciúma, está sendo acusado de aplicar alguns golpes na região.

A revenda, aberta em junho de 2020, ainda permanece ativa na base de dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), no entanto, a sede da empresa, situada na Avenida Vitor Meireles, próximo à construtora Fontana (apenas referência), encontra-se fechada deste a última sexta-feira (11).

Inicialmente, quatro clientes já procuram a polícia para relatar que foram vítimas de estelionato por parte do empresário lageano.

Conforme a Polícia Civil (PC), que investiga o caso através da 2ª Delegacia de Polícia (2ªDP), o acusado financiava os carros, recebia o dinheiro e não quitava os veículos que pegava no repasse.

Ainda segundo a PC, de forma fraudulenta, o empresário pode ter obtido das vítimas ouvidas até o momento cerca de R$ 200 mil através dos crimes. Estima-se que o valor da fraude possa ser superior a R$ 2 milhões. O caso continuará a ser investigado.

A nossa equipe de reportagem esteve na sede da revenda na noite desta terça-feira (15), porém não haviam mais carros no local. O nome da empresa também foi retirado da fachada.

A reportagem fez contato com o acusado para buscar mais informações, contudo até o momento não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

Há suspeitas, por parte da polícia, de que o empresário possa ter se evadido para o exterior. Caso se confirme a situação, a PC pode requisitar a prisão preventiva do homem, acionando posteriormente a Interpol para dar cumprimento à ordem judicial. 

Empresário se manifesta sobre acusações 

Na manhã desta quarta-feira (16), o empresário, identificado como Flávio Machado Netto, entrou em contato com a reportagem e se manifestou dizendo que não aplicou nenhum golpe.

Trabalho no ramo de veículos há 25 anos. Muitos me conhecem nessa cidade, então o que eu tenho a falar sobre os acontecimentos e sobre minha loja é o seguinte. Fiz maus negócios nos últimos tempos e estava com uma despesa de loja muito alta. Isso foi acumulando para eu fechar a loja.

Não roubei nenhum real de ninguém, não apliquei nenhum golpe em nenhum cliente. O que eu fazia com os clientes é o seguinte: eu pedia para eles se eu podia continuar pagando os carros financiados nos nomes deles até a realização da venda. 

Eu não quitei alguns carros porque eu não vendi eles ainda. Outra coisa, eu fechei a loja não para fugir, mas para diminuir despesas e procurar outra fonte de renda para acertar minhas dívidas com meus clientes e credores, disse o empresário.

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