Pré-candidato a vereador de Criciúma é acusado de ter aplicado uma série de golpes em Forquilhinha

A reportagem fez contato com o político, mas até o momento não teve retorno.

Por Tcharlles Fernandes
Saymon Gomes Miranda.

Saymon Gomes Miranda, de 30 anos, que se apresenta como pastor evangélico e pré-candidato a vereador de Criciúma pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), está sendo acusado por diversas pessoas de ter cometido uma série de golpes na cidade de Forquilhinha.

As vítimas alegam que em meados de 2018, o pastor se dizendo representante do Banco do Brasil, alugou uma sala comercial no bairro Ouro Negro e começou oferecer atendimentos como correspondente bancário.

Acreditando na idoneidade da empresa, as vítimas procuravam os serviços oferecidos por Saymon para, na maioria das vezes, fazer o pagamentos de boletos.

Segundo às vítimas, em vários casos, Saymon falava que o sistema utilizado por ele estava fora do ar, mas que os interessados poderiam deixar o dinheiro sob sua tutela, que assim que o sistema voltasse a sua operacionalidade habitual, ele faria os pagamentos.

Acreditando na palavra do político, as vítimas deixavam os valores com Saymon. Ocorre que, objetivando a vantagem ilícita, o pré-candidato não fazia os pagamentos e obtia para si os valores.

A Polícia Civil (PC) investigou o caso e indiciou o político. Em novembro de 2022, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) tomou conhecimento dos fatos e ofereceu denúncia em desfavor do acusado, alegando haver farta materialidade que comprovam as acusações.

Em fevereiro de 2024, a defesa do acusado tentou encerrar o processo, recorrendo ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Na peça, o advogado de Saymon pediu a extinção da punibilidade, pela prescrição ou decadência. Na semana passada, o desembargador Luiz Neri Oliveira de Souza analisou o pedido e se manifestou contrário.

O processo agora retorna para Vara Única da Comarca de Forquilhinha, onde o pré-candidato deve ser sentenciado nos próximos dias. A pena para o crime de estelionato varia entre um a cinco anos de reclusão.

A reportagem tentou contato com Saymon, mas até a publicação desta matéria não houve respostas por parte do pré-candidato.

Procurada para se manifestar, a presidente do PSDB em Criciúma, deputada federal Geovania de Sá, enviou a seguinte resposta:

Acabei de saber dessa situação por você. Questões pessoais e atitudes de cada pré-candidato ou de cada indivíduo, incluindo denúncias no Ministério Público, devem ser respondidas por eles mesmos. Nós, enquanto partido, não temos conhecimento do teor desta denúncia.

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