Há dois meses a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, através da Divisão de Repressão aos Entorpecentes, vem investigando a venda irregular de medicamentos psicitrópicos praticada pela Farmácia Farmafé, localizada no bairro Santa Luzia, em Criciúma.
Durante a investigação foram obtidos indícios de tal prática delitiva, que se enquadra no crime de tráfico de drogas, sendo cumprido nesta tarde mandados de busca apreensão na farmácia, num depósito clandestino e na casa dos proprietários.
No depósito, que ficava a poucos metros da farmácia, foram apreendidas dezenas de caixas de remédios "faixa preta", que só podem ser vendidos com retenção da receita médica, sendo eles:
-29 caixas de Clonazepam 2mg;
-23 caixas de Clonazepam 0,5mg;
-21 caixas de Clonazepam gotas 2,5mg/L;
-13 caixas de Bromazepam 6mg;
-14 caixas de Bromazepam 3mg;
-2 caixas de Rivotril 0,25mg;
-19 caixas de Sibutramina 15mg;
-9 caixas de Lorazepam 2mg;
'2 caixas de Alprazolam 2mg;
-1 caixa de Alprazolam 1mg;
-1 caixa de Alprazolam 0,5mg;
-3 caixas de Ritalina 10mg;
-6 caixas de Diazepam 10mg;
-6 caixas de Diazepam 5mg.
Tais medicamentos não estavam cadastrados no sistema da Anvisa, não possuíam origem comprovada e são considerados substâncias entorpecentes capazes de causar dependência física e psíquica, conforme Anexo I, da Portaria nº 344, de 22 de maio de 1998 da ANVISA, atualizada pela Resolução – RDC nº 265, de 8 de novembro de 2019, incluidos na Lista “B1” de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, configurando assim sua guarda e depósito, fora dos padrões exigidos pela Anvisa, como foi o caso em comento, no crime de tráfico de drogas previsto no art. 33, da Lei 11.343/06.
Os proprietários da farmácia R.C., de 58 anos, e sua esposa S.R.V., de 56 anos, foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo encaminhados ao presídio Santa Augusta.