Muitas pessoas não sabem, mas o “polêmico” deputado carioca Jair Bolsonaro surgiu no cenário nacional graças ao extinto programa CQC, da TV Bandeirantes. Eles tinham um quadro em que um repórter ia à Brasília entrevistar os políticos, sempre buscando colocá-los em saia justa.
O apresentador do programa, Marcelo Taz, quando falava de Bolsonaro, usava um tom sarcástico, irônico, dando a entender que o parlamentar sustentava ideias ridículas e retrógradas. Porém, nessas entrevistas e aparições esporádicas na Tv, ele foi ganhando notoriedade nacional.
Bolsonaro falava constantemente da garantia dos valores familiares, do combate à violência com ações severas das polícias, combate à corrupção e ao que conhecemos como “politicamente correto”.
Com boa articulação verbal, prestatividade nas entrevistas, uma dose de bom humor, extrema eloquência e postura típica de homem de boa fé, ele foi cativando o público. Dali em diante, o parlamentar foi convidado a participar de diversos programas de rádio e televisão, conquistando grande visibilidade nesses meios, e, paralelamente, se desenvolvendo nas redes sociais.
O brasileiro de bem – aquele que trabalha duro, que paga suas contas e seus impostos, que acredita num futuro melhor para si e sua família – já estava cansado da mesma falácia política de sempre, de promessas não cumpridas, de constantes escândalos de corrupção, etc. Esse brasileiro viu em Bolsonaro a esperança de um representante honesto, com Deus no coração, e que não mantém “rabo preso” com ninguém. De lá pra cá, foi um crescimento estrondoso, nunca visto anteriormente. E a comprovação veio nas urnas.
Em uma campanha sem grandes recursos financeiros, sem o fundo partidário (do qual abriu mão), sem fortes coligações, ou seja, na raça e na vontade, e com o apoio maciço dos seus seguidores, ele conseguiu um feito histórico no primeiro turno das eleições de 2018, levando consigo muitos novos políticos, e desbancando velhas ''raposas'' que por décadas se propagaram no poder. É de se espantar que um candidato contando com apenas 8 segundos de tempo de televisão pudesse fazer tantos votos.
O segundo turno das eleições presidenciais vem aí e promete muitas surpresas. Aguardemos.