Em resposta ao ofício encaminhado pela nossa reportagem, que solicitou informações referentes aos gastos na compra de medalhas alusivas ao 25° aniversário do 9° Batalhão de Polícia Militar, o comandante da unidade, Tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade adimitiu que usou cerca de R$ 7.640 do dinheiro repassado pela prefeitura via convênio para comprar parte das medalhas. Tais medalhas foram distribuídas ao longo do segundo semestre de 2020 à diversas pessoas de Criciúma e região.
O convênio, assinado dia 14 de dezembro de 2015, prevê o repasse mensal de R$ 35.000 da prefeitura para PM. Esse dinheiro é oriundo da cobrança de alvarás, licenças, liberações ou permissões emitidas pela Secretaria Municipal da Fazenda.
Além disso, de acordo com o convênio, o dinheiro repassado deveria ser aplicados exclusivamente no Município de Criciúma, na 6ª Região de Polícia Militar e 9º Batalhão de Polícia Militar em despesas decorrentes de serviços e aquisições (contratação de serviços e mão de obra em geral, nas viaturas, materiais de expediente, bens móveis e imóveis) que caracterizem manutenção, aquisição, construção, ampliação e reforma em geral da Polícia Militar no Município de Criciúma.
Internamente, o sentimento dos policiais é de descontentamento com a situação. "É inadmissível gastos como esses. Nosso batalhão está há anos passando por dificuldades financeiras, mas o dinheiro está vindo. A gente não sabia que todo mês entrava uma quantia dessa. Com certeza, se usado de maneira correta, poderia nos ajudar bastante. Precisamos de equipamentos, armas e munições. Espero que o dinheiro repassado pela prefeitura não seja mais gasto com coisas supérfluas", disse um policial.