Pré-candidato à prefeitura de Criciúma, apoiado por Salvaro, diz ser contra a reativação da Guarda Municipal

A declaração foi dada em um encontro que reuniu os cinco pré-candidatos a prefeito de Criciúma.

Por Tcharlles Fernandes
Moradores em situação de rua fazem moradia em ponte sob a Avenida Centenário.

Mesmo com a criminalidade registrada na cidade do carvão, o pré-candidato indicado por Clésio Salvaro (PSD) à prefeitura de Criciúma, se diz contrário a reativação da Guarda Civil Municipal (GCM) no município.

Durante a sua participação em um encontro que reuniu os pré-candidatos a prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola (PSD) disse que, caso eleito, não reativará a GCM.

Nós não iremos voltar com a guarda municipal. Se vocês fizerem estatísticas, números principalmente de homicídios com os números de violência que nós tínhamos no período em que a guarda municipal estava implantada em nosso governo e, depois da extinção dela, os números por si só já vão provar o porquê nós não iremos trazer novamente o modelo de guarda municipal que foi implantando anteriormente.

A segurança de uma cidade não se dá apenas com a criação de uma guarda, ela vai muito além disso. Estamos com convênio com a Rádio Patrulha da Polícia Militar. O que nós precisamos são de agentes de trânsito que principalmente auxilie a Polícia Militar naqueles acidentes de trânsito onde não há vítimas. Porque esse tempo a Polícia Militar perde muito e, quando os agentes de trânsito municipais estão ali, a Polícia Militar fica com mais tempo de fato de fazer trabalho de ronda e de combate ao crime”, disse.

O especialista em Segurança Pública Bruno Alves, explicou a importância da GCM para os municípios.

Sempre digo, a segurança pública começa no município e o trabalho das guardas municipais deve ser priorizado. A Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, não consegue sozinha erradicar a criminalidade. Sabemos que a PM sofre por falta de contingente. O trabalho da GCM vem para auxiliar.

Nos finais de semana, por exemplo, as equipes policiais empregadas nos atendimentos de ocorrências gozam de pouco tempo até para as suas necessidades básicas, devido ao alto número de chamados. O trabalho ostensivo de repressão ao crime fica prejudicado, é inevitável. Com uma guarda municipal atuante, atendendo ocorrências de menor complexibilidade, dentro da legalidade, teríamos uma melhoria significativa na segurança da cidade, fazendo com que a PM ficasse concentrada em atendimentos mais graves e liberada para patrulhamentos preventivos, explica Bruno.

Bruno ressalta que o debate é necessário, mas que segurança pública nunca é demais.

Tubarão, Capivari de Baixo, Laguna e outros tantos municípios de Santa Catarina possuem as suas guardas, treinadas e equipadas para auxiliar a PM. Criciúma não pode caminhar no sentido contrário. O estado não deve ser responsabilizado sozinho, quando o município tem condições de contribuir com a segurança, finalizou o especialista.

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