Após 11 meses de investigações, foi concluído e encaminhado para Justiça o Inquérito Policial instaurado para investigar estelionatos praticados contra comerciantes de Tubarão, São Ludgero, Braço Norte, Içara, Criciúma, Forquilhinha e Ararangua.
No transcorrer das diligências, apuraram-se os delitos que foram praticados por uma associação criminosa composta pelo empresário de Criciúma Denis Ortolan Rovaris, um contador e uma terceira pessoa que cedeu seus dados, mediante pagamentos.
Durante o inquérito foram apreendidos dinheiro e bens dos envolvidos, os quais podem ser alienados para garantir parte do ressarcimento das vítimas. Na conclusão do inquérito os investigados foram indiciados pela prática dos crimes de estelionato 11 vezes, falsidade ideológica três vezes, lavagem de dinheiro e associação criminosa, todos perpetrados em concurso material.
Apurou-se ainda haver indícios que associação criminosa emitiu mais de quinhentas notas fiscais falsas, o que permitiu que emitissem mais de dez milhões em duplicatas simuladas, gerando prejuízos a diversas “factorings”.
De acordo com o Delegado André Luis Mendes da Silva, de Tubarão, que coordenou as investigações, há indícios de que o crime possa ter começado antes de 2018. As ilegalidades eram cometidas de forma reiterada e fizeram vítimas em várias cidades do sul de Santa Catarina, tendo causado prejuízos a várias pessoas em valores milionários.
Visando interromper a reiteração criminosa, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Denis, que já estava em prisão temporária, detido em Balneário Rincão, com o flagrante de estar com uma arma de fogo. A justiça deferiu o pedido. Os outros dois, um contador e uma pessoa que recebia para deixar a empresa no nome, foram indiciados e responderão criminalmente.