Após o Portal Melhores Publicações divulgar que a Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) recebeu, nos últimos quatro anos, mais de R$ 264 milhões do erário e, atualmente, encontra-se com 1850 funcionários, a nossa reportagem procurou o diretor-executivo da instituição, Adriano Boaroli, para saber onde os colaboradores da Afasc estão lotados, quem são e quanto recebem.
Os questionamentos, feitos pessoalmente e via ofício, se deu após os episódios envolvendo duas crianças que ficaram feridas em creches administradas pela Afasc. Por conta da situação, muitos pais procuraram a nossa equipe para dizer que, há suspeitas por parte deles, que a Afasc esteja sendo utilizada como “cabide de emprego”, pois as diretoras das creches estariam falando que faltam recursos humanos para dar conta de tantas crianças.
Em resposta aos questionamentos, Adriano disse que não disponibilizaria a lista com a relação de colaboradores.
Busque no Portal de Transparência da Afasc os dados que você quer. Lá está divulgado o nome de todos os funcionários, com o local onde trabalham e o salário, disse Adriano.
Em buscas no Portal da Transparência da Afasc, ao contrário do que Adriano disse, não há disponível para consulta o nome de todos os colaboradores da entidade, bem como o local onde trabalham e quantos recebem por mês.
Pelo descumprimento da Lei de Acesso à Informação (Lei n° 12.527/2011), que versa sobre os procedimentos a serem observados pelas entidades que se subordinam a Lei, no caso a Afasc, a Polícia Militar (PM) foi acionada e registrou um boletim de ocorrência.
Até o momento, em desconformidade com o artigo 2° da lei supracitada, a lista dos funcionários não foi disponibilizada para o acesso da reportagem.